Feliz Ano Novo

Feliz Ano Novo

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

COMUNICADO IMPORTANTE UMA MENINA DESAPARECIDA QUEM CONHECER ESSA MENINA ENTRE CONTATO COM PAI DELA COMPARTILHA .

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

O TERREIRO DE UMBANDA CABOCLO PENA PRETA comunica há todos seus Filhos de Fé, Amigos e simpatizante 
Neste Sábado dia 30 de Janeiro, celebraremos a Gira de Esquerda. Nossa primeira gira dentro da Quaresma.
Venham todos receber os passes dos compadres e das moças bonitas e garantir que nossa Quaresma seja tranquila e protegida.
Axé
● As senhas serão entregues das 17h as 17h30.
● Os atendimentos são individuais e gratuitos.
TEL.(16) 3337-2782 (16) 99727-6243 Vivo (16) 99636-9911 Vivo (16) 99605-2848 Vivo WhatsApp
SAÍDA DO TERREIRO 16h00 HORAS
O TERREIRO DE UMBANDA CABOCLO PENA PRETA ATENDENDO A PEDIDOS E TAMBÉM À TITULO DE ESCLARECIMENTO, INFORMA QUE NOSSA SEDE, LOCALIZA-SE NA MATA NA CIDADE DE ARARAQUARA SP, NA ESTRADA JARDIM: VITORIO DE SANTI CHEGANDO NA ENTRADA DO BAIRRO O ÔNIBUS IRA VIRA PARA.RUA 3 E TEM UM PONTO DE ÔNIBUS E DE POIS TEM OUTRO PONTO NA RUA AV. FRANCISCO ZAVATTI FRENTE A QUADRA DE FUTEBOL A NOSSA MATA FICA PARA BAIXO DA QUADRA DE FUTEBOL NA RUA DE TERRA CHEGANDO ATE O FIM DA RUA DE TERRA VIRA PARA ESQUERDA E VAI INDO POUCO PARA FRENTE ATE O FIM VOCÊS IRA VER UM CARRO BRANCO UM CORSA DENTRO DA MATA DE FRENTE A RUA ...

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Ponto - Quem manda na mata é Oxossi

Flores na Umbanda: uso e função
Vamos falar um pouco sobre as flores, esses elementos da natureza cuja ação renovadora, regeneradora e filtradora, muitas vezes passa despercebida de nossa atenção.
Vemos as flores presentes nos rituais religiosos, de magia, nos preparos fitoterápicos e nos ritos fora das religiões, como motivos de alegria, comemorações ou saudade no caso dos ritos fúnebres.
Dentro do uso terapêutico, as flores tem também importância relevante. Basta lembrar da compilação da essência de flores, os famosos florais, em várias versões: Bach, Minas, Brasileiros, etc. De uma forma mais simples, podemos usar as flores naturalmente em nossos vasos ou em arranjos florais, em nossas casas como enfeites mágicos; poderosos limpadores, reguladores energéticos e filtros harmonizadores.
Quero destacar o uso das rosas, cuja energia viva de amor é sentida até pelos corações mais endurecidos. É sempre muito positivo ter vasos com rosas em casa, ou mesmo vasos de flores do campo ou crisântemos. Há sempre aqueles comentários populares de que crisântemos são flores que enfeitam a morte, portanto não devemos ter em casa. No entanto, eu digo o contrário: essa flor tem uma poderosa energia curadora, filtrando e curando toda energia enfermiça, transmutando-as em energia sutilizada, pronta a ser recolhida pelos canais astrais competentes.
Já falamos nessa coluna, mas sempre é bom repetir: uma magia só tem efeito quando consagrada. A magia se faz presente na simplicidade, e também no simples ato de decorar a casa com flores. Não custa nada ao colocar suas flores em sua casa, consagra-las às forças astrais superiores, dentro de sua crença, sua religião ou simplesmente à Mãe Natureza.
Um exemplo de consagração bastante simples é esse:
Espalme suas mãos sobre as flores, eleve seu pensamento ao Pai Criador, à Mãe Natureza, Mãe Terra, Mãe Água, às Divindades das Flores, aos Sagrados Gênios da Natureza habitantes das dimensões florais, e peça-lhes que consagrem essas flores para que elas sejam força viva, ativa e atuante em sua casa, filtrando toda energia negativa e transmutando-as em força de harmonia, cura, equilíbrio, paz e tranqüilidade. Assim seja e assim será.
Quando essas flores murcharem, nada de jogar no lixo. Separem suas pétalas e coloque-as num saco de papel (pode fazer alguns furinhos no saco para facilitar a ventilação), em local ventilado e ao abrigo da umidade. Depois de secas, são ótimas para banhos e defumações.
Algumas definições sobre flores (uso para banhos, defumações e adorno mágico):
Rosas brancas: a força da fé, cristalizadoras da religiosidade, fortalecem a intuição.
Rosas amarelas: a certeza, o caminho a ser seguido, fortalece as decisões.
Rosas vermelhas: a força do elemento feminino, fortalece a auto estima.
Rosas cor-de-rosa: ótimo filtro para locais em desarmonia, calma e resignação.
Calêndula: energia revitalizadora, também é um ótimo anti-alérgico.
Camomila: energia calmante, é um ótimo digestivo e clareia os cabelos.
É isso turminha, escrevam com suas dúvidas e sugestões, participem, pois esse espaço é de todos vocês!
Saúde, sucesso, muitas flores e muita magia natural!

O Dia em que o pastor pisou no Terreiro
Onze de março de dois mil e quinze, na cidade de Santo André (SP), na Casa de Caridade Nossa Senhora Aparecida, presenciei algo que acredito ser totalmente não-ortodoxo, mas que foi simplesmente edificante.
Irei preservar o nome do visitante para evitar o fundamentalismo e não porque o mesmo me pediu.
O Pastor G, ministro da Igreja Evangelho Quadrangular, denominação evangélica, esteve em nosso Terreiro com sua família para fazer a preleção antes dos trabalhos. Chegou trajado como pastor, de bíblia em punho e juntamente com sua mulher, trazendo seu hinário e um violão.
Foi perceptível que ele estava temeroso, com medo, talvez por não estar acostumado com um local como aquele e com um ritual tão diferente. Mas acredito que seu maior receio seria a receptividade do corpo mediúnico e da assistência. Abriu um sorriso e primeiramente disse que estava muito feliz por estar naquele local, com sua família e que era um momento especial para ele.
Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã.
A religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo.
E foi falando sobre sua experiência de trabalhos assistenciais, da necessidade da união das diversas religiões, de como a fé é sempre ao mesmo tempo Deus de formas diferentes, da tolerância necessária. Todos os dizeres, assim como o hino entoado, foram belíssimos e ditos com propriedade que um bom orador tem.
Mas, nisso tudo, sabe o que mais me chamou a atenção? A coragem desse pastor G.
Ele poderia se esquivar do convite e permanecer em seu culto já familiar ou até mesmo aceitar o convite e tentar uma doutrinação, mas não: ele foi corajoso e de peito aberto. Aceitou os cânticos iniciais, a defumação – não participando da mesma, por motivos óbvios – e respeitando aqueles presentes.
E citando o que o Vovô Chico, entidade da linha dos Pretos Velhos falou ontem nos atendimentos:
– Praticamente Daniel entrando na Cova dos Leões, com o temor, mas com a fé o guiando. Não a fé em uma doutrina religiosa, mas a fé em que Deus dissemina a palavra através de obras. E há melhores obras do que a tolerância e a caridade?
Veja bem, para ele nós poderíamos ser os leões. Para nós, ele era o leão, pois com certeza muitos também estavam temendo pelas palavras que seriam ditas.
Sei que dormi sossegado com esse tipo de atitude, depois de uma semana desgastante onde senti certo temor pela condução da raça humana. O mundo precisa de mais exemplos assim. Ainda mais que ele citou os trabalhos – e nunca a religião – de pessoas como Madre Teresa de Calcutá, Irmã Dulce, Martin Luther King Jr. e Francisco Cândido Xavier.
Fechando o artigo assim como foi fechada a participação do pastor G e de sua família em nosso Terreiro:

Vídeo: Mariene de Castro canta “A Deusa dos Orixás”

Vídeo: Mariene de Castro canta “A Deusa dos Orixás”: Tida por muitos como herdeira musical de Clara Nunes, a cantora interpreta com força e delicadeza um dos grandes sucessos de seu repertório. Clique e assista!   A Deusa dos Orixás Yansã, cadê Ogum? Foi pro mar Mas Yansã, cadê Ogum? Foi pro mar (3X) Yansã penteia os seus cabelos macios Quando a luz da…
Dia 30 de junho de 2014 relembramos a morte de um dos mais iluminados médiuns que já passaram pela Terra. Chico Xavier faleceu nesta data, em 2002, com 92 anos. 
Conforme relatos de amigos e parentes próximos, Chico dizia que iria “desencarnar” em um dia em que os brasileiros estivessem muito felizes e em que o país estivesse em festa, para assim o desencarne dele não causar tristeza.  O país festejava a conquista da Copa do Mundo de futebol daquele ano, no dia de seu falecimento (Chico morreu cerca de nove horas depois da partida Brasil x Alemanha).
Abaixo, reproduzimos trecho de uma entrevista feita com o médium em 1976 pela jornalista Alcione Reis em que Chico trata de alguns temas, principalmente da relação entre Espiritismo e Umbanda:
***
A Umbanda e o Espiritismo caminharão juntos na evolução do Brasil?
Chico Xavier: Acreditamos que todos nós, os cristãos, estamos caminhando para a vitória do Cristianismo no Brasil.

Por que a mediunidade no Brasil é mais do que no resto do mundo? Estará esse fenômeno incluído na evolução do povo brasileiro?
Chico Xavier: Os espíritos amigos sempre nos informaram que estes fenômenos se devem a características de povo cristão que marca a comunidade brasileira. O espírito do Cristo é profundamente assimilado pela maioria daqueles que nasceram na terra abençoada do Brasil. E por isso mesmo a revelação tem aqui dimensões talvez maiores que em outras partes do mundo até que o espírito de Cristo consiga também ser assimilado no Brasil e até outros países.

A seu ver como sente a Umbanda atual?
Chico Xavier: Eu sempre compreendi a Umbanda como uma comunidade de corações profundamente veiculados à caridade com a benção de Jesus Cristo e, nesta base, eu sempre devotei ao movimento umbandista no Brasil o máximo de respeito e a maior admiração.

Chico, cada religião traz ou deve trazer algo de verdadeiro que possa contribuir para a salvação dos seus seguidores (o Hinduísmo trouxe o dharma para os Hindus; o Hermetismo, a ciência e o poder das forças ocultas; o Orfismo é a religião da beleza para os gregos; o Cristianismo o amor e assim por diante) O que traz de positivo a Umbanda?
Chico Xavier: A meu ver o movimento de Umbanda no Brasil está igualmente ligado ao espírito de amor do Cristianismo.  Sem conhecimento de alicerces umbandísticos para formar uma opinião específica, eu prefiro acreditar que todos os umbandistas são também grandes cristãos construindo a grandeza da solidariedade cristã no Brasil para a felicidade do mundo.

O que você acha do mediunismo na Umbanda através de “Caboclos” e “Pretos velhos?”
Chico Xavier: Acredito que o mediunismo no movimento de Umbanda é tão respeitável quanto a mediunidade das instituições kardecistas com uma única diferença que eu faria se tivesse um estudo mais completo de Umbanda: é que seria extremamente importante se a mediunidade recebesse a doutrinação do espírita do Evangelho com as explicações de Alan Kardec, fosse onde até mesmo noutras faixas religiosas que não fosse a Umbanda. Porque a mediunidade esclarecida pela responsabilidade decorrente dos princípios cristãos é sempre um caminho de interpretação com Jesus de qualquer fenômeno mediúnico.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Os umbandistas acabam levando a fama de “sujar” as cidades muito em função do abuso que uma boa parte dos praticantes cometem ao fazer suas oferendas, seja nas praias, seja nas áreas urbanas (encruzilhadas). Neste blog e também no de nossos Colaboradores, diversas vezes este assunto já foi abordado, mas nunca é demais.
Abaixo, destacamos um texto produzido por um de nossos amigos leitores, o Alen da Visão, que em poucas palavras traduz de forma simples algumas normas de conduta que vale a pena seguir. Abaixo, reproduzimos este texto:
Queridos irmãos,
Vamos tomar consciência quanto à relação entregas, despachos ou oferendas no meio ambiente com o momento de valorização ecológica que vivemos em nosso planeta.
Nossa religião tem uma estreita ligação com a natureza onde por meio dos sagrados Orixás a cultuamos, respeitamos e amamos como forças exteriorizadas por Deus para nos servir e dela cuidarmos. Então, temos que ter a consciência de quando somos intuídos ou mesmo a pedido de nossos Guias espirituais, vamos a um ponto da natureza ou até mesmo em uma via pública para realizar um ato religioso através de uma oferenda, entrega ou despacho, que não dá mais pra ficar andando por aí e topando com trabalhos deste porte nas esquinas, em cachoeiras ou outros lugares, muitas vezes revirados, ou fedendo com carne já em estado de putrefação; precisamos acabar com esta prática que só nos causa mais desrespeito e discriminação com nossa religião.
Calma irmãos!  Não estou aqui para dizer que devemos acabar com estas práticas, mas sim colocar na cabeça de nosso povo que um trabalho deste porte tem seus elementos energéticos retirados no momento em que executamos a oferenda. Assim que preparamos tudo e que mentalmente pedimos o direcionamento do trabalho, a força energética é levantada e tudo aquilo que as entidades precisam para o direcionamento da energia daquele trabalho é retirado e executado. E, se assim acontece, porque temos que deixar todos os elementos largados para que outras pessoas, ao passar por ali, por falta de conhecimento, nos juguem por aquilo que nem conhecem?
UEC_58_Oferendas_27_01_14_umbandaeucurtoPodemos muito bem aguardar um determinado tempo e retirarmos os elementos e já encaminhá-los ao lixo e, de preferência, separando os produtos que podem ser reciclados.
Mas que tempo é esse? 15 ou 20 minutos são necessários para execução do trabalho. Alguns elementos podem ser liberados na própria natureza como bebidas ou até alimentos que não venham a deixar mau cheiro; basta retirarmos os potes, frascos e garrafas nos quais possam estar contidos os elementos.
Lembrando que as entidades não comem as comidas que oferecemos e sim se beneficiam das energias dos elementos que oferecemos. Por isso, não precisamos deixar os elementos largados ou “sujar” a natureza como diriam os menos esclarecidos, evitando também que os nossos irmãos que trabalham nas limpezas de nossas ruas não se machuquem com cacos de vidros ou coisas cortantes que podem vir a quebrar.
Claro que existem outros tipos de trabalhos que requerem mais tempo, mas a estes devem ser direcionados pelos Guias e de preferência em lugares onde não atrapalhem outras pessoas, pois o seus direitos religiosos terminam onde começam os de outras pessoas.
Vamos pensar nisso?
O que é uma Firmeza?
A firmeza de uma força ou de um poder na Umbanda pode ser feita ao redor de um assentamento ou independente dele. Firmar um Guia espiritual ou um Orixá significa proporcionar-lhe condições mínimas para que tenha um ponto fico onde receba os pedidos de auxílio, de oferendas, etc.
A firmeza assemelha-se a um assentamento, mas tem menos recursos ou poderes de realização, pois é uma simplificação dele e destina-se a facilitar a atuação das entidades. Já um assentamento cria um vórtice e um campo eletromagnético que interagem com outras dimensões da vida de forma permanente, sendo em si um “ponto de força” localizado nas dependências do Terreiro.
Enquanto isso, uma firmeza cria um ponto de sustentação para as ações da entidade firmada, dando-lhe um pouco mais de segurança para que possa resistir às reações das suas atuações em benefício das pessoas necessitadas do seu auxílio. Uma firmeza pode ser iluminada periodicamente e pode ser realimentada de vez em quando.
Um assentamento deve ter um dia definido na semana para ser iluminado e realimentado; já uma firmeza deve ser iluminada e realimentada sempre que o seu zelador fizer um novo pedido de auxílio à entidade firmada. Assentamento e firmeza são similares e a segunda é uma simplificação do primeiro, mas tem as mesmas funções, que é protegerem, sustentarem e ampararem algo ou alguém.


Primeiramente, quando chegar à porta do Terreiro, peça licença aos guardiões da casa logo que entrar.  Dentro do Terreiro, sinta o ambiente, feche os olhos e respire fundo (a respiração é a base da vida, os ciclos e ritmos – o Fole Vital). Inspire os perfumes, as essências do Templo. Elas lhe despertarão sentimentos e prazeres jamais sentidos. Experimente…
Quando as entidades estiverem incorporadas, visualize bem e sinta a vibração do atabaque e das entidades. No passe, é necessário que você sinta a vibração da entidade, ou quem não sente vibração sentirá qualquer outro tipo de sensação que mostrará se a entidade está ali ou se é uma mistificação.
Qualquer tipo de entidade da linha branca não tem linguajar grosseiro nem fica falando da vida de outros ou até mesmo falando que fulano fez isso aqui ou macumba acolá. 
As entidades tem sempre que deixar uma mensagem de conforto. Se isso não acontecer fale com a entidade chefe, pois pode estar havendo mistificação! Tome muito cuidado com médiuns mistificadores; não existe na Lei de Umbanda Sagrada cobrar para fazer trabalho, muito menos a própria entidade falar que tem que ser cobrado. Isso é um imenso desrespeito com nosso Senhor Zambi (Deus) e com as entidades. Existem muitos engraçadinhos que querem ganhar a vida através de mistificação, portanto cuidado, irmãos!
Quantas e quantas vezes não se ouve essa afirmação nos centros espiritualistas e casas espíritas? O consulente, absorvido em seus problemas, procura auxílio nas casas espirituais para conseguir um direcionamento ou um conforto e ouve muitas vezes, das mais diversas classes espirituais, que possui mediunidade e deve desenvolver.
Mas como desenvolver a mediunidade? Deve-se mesmo desenvolvê-la? As coisas ruins ocorrem por conta da minha mediunidade não resolvida? Vamos tentar desdobrar esse assunto nesse artigo.
Apesar da afirmação de que todos são médiuns, nem todos devem desenvolver a mediunidade. A mais comum das mediunidades é a intuitiva e acontece de se manifestar de forma passiva, sem o concurso consciente do médium. Logo, um médium apenas intuitivo não irá conseguir desenvolver uma psicografia mecânica, por exemplo. O que acontece muito hoje é a oferta de desenvolver a sua visão interior, a clarividência e a incorporação; mas me pergunto: será mesmo que dá pra desenvolver um dom que não possuímos? Claro que não! Nesses casos ocorrem os desequilíbrios, as mistificações e as frustrações. Nem todos devem desenvolver a mediunidade, apenas se essa mediunidade for algo a ser trabalhado em prol do próximo e estiver dentro da sua programação de vida.
Então, respondendo as perguntas que fiz no começo: você só deve desenvolver a mediunidade se ela fizer parte da sua programação de vida (kármica) e se você assim o quiser, pois ainda existe algo chamado livre-arbítrio.
Quanto à questão se algo ruim pode ocorrer em caso de não-desenvolvimento, bom, a resposta mais objetiva seria sim! Mas não é uma forma de reprimenda por não querer desenvolver a mediunidade e sim uma forma de chamar a atenção para o acordo previamente firmado. Tudo dentro da Lei de Ação e Reação, de Causa e Efeito.Muitos que se sentem perturbados espiritualmente e que precisam desenvolver acabam encontrando certo conforto após ir nas casas espirituais e de começar a doutrinar a mediunidade. Explico: a mediunidade é um dom visível aos espíritos, eles são atraídos pelos médiuns. Como diz o Pai Francisco:

“O aparelho (médium) parece com uma luz no meio da escuridão; é o sinal de que é cavalo preparado para falar com as almas. Os espíritos em desequilíbrio se aproximam da luz esperando ajuda, porém, quando não são escutados, se revoltam e, se encontram ressonância na mente perturbada do médium, acabam por encostar nele e prejudicá-lo.”
Mas desenvolver a mediunidade não implica em trabalhar com ela. Podemos desenvolvê-la para nosso próprio aperfeiçoamento mortal e intelectual. Isso não quer dizer explorar o próximo ou só tomar atitudes egoístas com o respaldo dos espíritos-guias.  Agora, se você constatar que faz parte da sua programação de vida e que quer realmente desenvolver sua mediunidade, tome cuidado em como irá fazê-lo. Lembre-se que a mediunidade é uma ferramenta neutra, que serve tanto ao bem quanto ao mal. Logo, é necessário não só aprimorar a sensibilidade como mundo invisível, como é necessário lapidar o próprio íntimo com a reforma interior.
Se você tiver uma inclinação espírita/kardecista procure centros sérios alinhados com a metodologia empregada por Kardec. Frequente a casa para conhecê-la melhor, vá nas palestras, nos passes e peça para passar pelo atendimento fraterno ou espiritual, em alguns lugares também conhecido como aconselhamento espiritual. Se informe dos cursos, geralmente duram em torno de 5 anos e são divididos em módulos de 1 ano cada, onde serão abordado os temas sobre o Evangelho segundo o Espiritismo, sobre o mundo dos espíritos e sobre a mediunidade em si. Os últimos módulos são frequentemente dedicados ao desenvolvimento mediúnico e ao trabalho de desobsessão espiritual.
Caso se identifique mais com a ritualística umbandista, vá também em procura de uma casa séria, de preferência com muitos anos de existência e que você perceba a seriedade dos dirigentes. Lembre-se que na Umbanda não se cobra nada, não se faz trabalhos de amarração, não prejudica-se o próximo e não se faz sacrifício animal. Existem casas que são mais próximas dos cultos afros, outras do culto indígena e ainda outras mais do lado espírita. Entre na casa como um filho procurando ajuda, converse com o Guia-chefe da casa e peça para participar como cambone; diga do interesse que há em desenvolver a mediunidade, assim o Guia pode identificar se você precisa mesmo fazê-lo. Participe das atividades da casa e, se houver, dos cursos.
Estudos próprios não substituem a vivência nas casas espirituais. Você pode enriquecer o seu entendimento e se aprofundar nos temas através de leituras, cursos e outros, mas nunca nada substitui a vivência. Porém, só a vivência também é manca; você precisa dos dois lados: teórico e prático. Indico sempre, não importa a inclinação, a importância em ler o Livro dos Espíritos e o Livro dos Médiuns. Associe o Evangelho Segundo o Espiritismo ou até mesmo a Bíblia como leitura de cabeceira e diária, pois através das lições morais do Cristo, pode-se ter uma melhor orientação de como guiar a sua mediunidade através do trabalho caritativo e de como devemos proceder com a nossa reforma interior.
E o último conselho que dou é: não acredite que só você é o certo e que só sua verdade é a correta! Cada ser humano é um indivíduo totalmente autônomo e único. Assim, desejo a todos bons estudos e boas práticas. Axé!
Lembro-me que, quando pequeno, uma vez por mês ocorriam Giras de desenvolvimento na casa de minha mãe. Lembro também dos rostos dos médiuns na expectativa do “grande dia”; afinal, naquele dia tudo podia acontecer.
Uns saiam tristes, desanimados, outros um tanto quanto alegres, pois realmente foi o “grande dia” e assim era o desenvolvimento mediúnico, sem muitas explicações, mas sempre com a expectativa do “grande dia”.
Os tempos mudaram. Hoje, o desenvolvimento mediúnico vem ao encontro da grande proposta da Umbanda, ou seja, uma proposta de ensino e aprendizado onde o médium deixa de esperar o “grande dia” para fazer do desenvolvimento um aprendizado que há de perdurar por toda a sua existência.
Fico feliz em ver que a ideia de Umbanda Escola está funcionando muito bem, e digo isto por experiência própria ao verificar que ao término de um ano e meio de aprendizado, uma turma de desenvolvimento deu origem a uma Casa, não uma Casa aberta apenas por euforia, mas uma casa aberta com doutrina, respeito e disciplina, e o melhor de tudo, com a outorga dos Mentores Espirituais.
Assim cresceram os nossos irmãos Kardecistas, com verdadeiras escolas e muita doutrina e assim vai crescendo a nossa amada Umbanda, se esforçando para fazer um trabalho sem barreiras, sem fronteiras.  Fronteiras que foram ultrapassadas e barreiras que foram superadas com o conceito de irmandade e objetivo comum, dentro de uma consciência religiosa e uma consciência teológica.
A proposta hoje de desenvolvimento mediúnico é também uma proposta de desenvolvimento pessoal, onde o médium começa a entender que para ajudar alguém ele tem que estar bem, conhecer a si mesmo, ter consciência de seus limites e de suas capacidades e exercer dia a dia sua mediunidade praticando a tão difícil “reforma íntima”; afinal de contas, um torto não consegue ajudar o outro a atravessar a rua (morrem os dois atropelados!)
O desenvolvimento hoje praticado como aula consegue tirar o médium da rotina de trabalho espiritual e afastá-lo dos choques que ocorrem nos dias de trabalho espiritual, lembrando também que muitas vezes a ideia de criar vínculo com a Casa para se desenvolver pode gerar alguns problemas, ora por imaturidade e pressa de quem está começando, ora pela cobrança de quem já está há muito tempo dentro do trabalho.
Muitos são os irmãos que hoje trabalham com o desenvolvimento como aula, e a eles os meus parabéns! Para estes irmãos, que tenho certeza que tem colhido muitas alegrias, assim como eu venho colhendo, e para os que ainda não o fizeram, tentem; é melhor a tentativa do que o vazio de não ter feito!
Quando decidiu fundar um Terreiro de Umbanda em Dublin, na Irlanda, há cerca de um ano, Rodrigo Oliveira não teve dificuldade em invocar Oxóssi, um dos Orixás do panteão desta religião brasileira, para um intercâmbio na terra dos vikings. O mais tenso seria superar preconceitos, num país cuja história é marcada por sangrentos conflitos religiosos entre católicos e protestantes. Ainda assim, não chegou a ser uma surpresa que o maior caso de hostilidade partisse justamente de brasileiros. “Estávamos em busca de um espaço quando entramos em contato com uma das maiores escolas de inglês de Dublin, cujo dono é brasileiro. Quando soube do objetivo, o responsável disse, logo de imediato, que já havia uma sala dedicada a cultos, no caso evangélicos, e não queria misturar as coisas”, lembra Pai Rodrigo D’Oxóssi, como é conhecido toda terça-feira.
Houve também o caso de uma médium, fiel da Umbanda que se comunica com os espíritos dos ancestrais, que estava num pub muito frequentado por brasileiros. “Ela conversava sobre o centro e, de repente, uma mulher que ouvia a conversa começou a dizer que aquilo era coisa do demônio. Foi um momento difícil”, lembra. A peregrinação continuou até chegar a hora de encarar a desconfiança, dessa vez, dos irlandeses. Um galpão de 100 metros quadrados numa área comercial no centro de Dublin parecia perfeito, até que a imobiliária questionou se o objetivo do grupo era fazer bruxaria. Mas bastou um e-mail, no qual explicou a história da mais brasileira das religiões, para o contrato ser fechado. Nascia assim a Tenda de Oxóssi e Pai Severino de Congo, o primeiro terreiro de umbanda na Irla
Os Orixás vêm atraindo estrangeiros, entre italianos, russos, argentinos, venezuelanos, portugueses e, claro, irlandeses como Paddy Barrett, de 47 anos. Ele ouviu falar da Umbanda por meio de amigos que viveram seis meses no Brasil, até que, diante de problemas afetivos, decidiu ver de perto. Durante uma cerimônia, no mês de junho, Paddy estava compenetrado; ora baixava a cabeça, ora batia palmas e até tentava entoar um verso e outro dos cantos da Umbanda. Quando recebeu o passe de energia de um dos médiuns (transmitido pelas mãos, que lembra outras técnicas de energização como Reiki) retornou a seu assento visivelmente impactado.
“Acho fantástica essa conexão direta e fico fascinado com a mudança no semblante dos médiuns. Quando jovem, eu tinha medo do Deus católico. Com a Umbanda é diferente. Sinto um clima mais harmonioso, de maior compaixão. Minha namorada, que é protestante, só não veio ainda por preguiça”, conta o irlandês, que mora na periferia de Dublin e enfrenta uma hora de trânsito até o Terreiro.
Essa curiosidade com a religião brasileira ficou evidente quando eles fizeram o primeiro trabalho externo. Trinta e cinco pessoas embarcaram num ônibus rumo a uma cachoeira em Glenbarrow, no centro-oeste do país, a duas horas da capital. Quando Rodrigo incorporou o Caboclo, devidamente trajado com um penacho e um charuto, o povo que fazia trilha na região achou que se tratasse de alguma encenação teatral. Cerca de 20 pessoas ficaram por ali, de soslaio, até que parte do grupo se juntou à cerimônia batendo palmas no ritmo do atabaque. Mas nem sempre é assim.  “O som do tambor é meio irritante, né?…”, admite o engenheiro irlandês Fergus Devine, que trabalha num escritório em cima do terreiro. “Mas fora isso, não vejo problema. Cada um com sua fé”.
O Brasil tem o quinto maior contingente de residentes não-europeus na Irlanda, segundo o último Censo de 2011, que apontou 8.704 brasileiros em toda a Irlanda. A saudade de casa gera momentos de angústia e alguns aplacam a saudade visitando o terreiro. Amanda Rodrigues, 27, designer de moda no Brasil e babá na Irlanda, se mudou há três anos e, apesar de já estar adaptada, decidiu procurar ajuda espiritual. Antes, porém, teve de encarar seus próprios preconceitos. “Fui criada no catolicismo, então eu mesma tinha bastante resistência à umbanda. Mas já estou na minha segunda visita. Sou grata por ter encontrado o Terreiro”, conclui.
Pai Rodrigo D’Oxóssi vive atento à conexão Brasil-Irlanda, a fim de importar produtos de toda sorte. Seus contatos são muitos, afinal, 18 dos seus 27 anos foram dedicados aos orixás em São Paulo. Aos 24, ele largou a rotina de bancário para tentar a vida no estrangeiro. Desde então trabalha como barman no The Sugar Pub e, talvez por providência divina, acabou morando justamente numa casa de brasileiros umbandistas, onde aconteciam cerimônias informais. No ano passado, quando passou 20 dias de férias no Brasil, decidiu voltar para a Irlanda com um terreiro a bordo. Embarcou com duas malas inteiras dedicadas apenas a produtos religiosos, até, enfim, encontrar um espaço para acolher os Orixás.
“É curioso como, olhando em retrospectiva, fomos encontrando as pessoas certas até chegarmos a essa comunhão que temos hoje. Acho que os Orixás também queriam vir pra cá”, brinca.
NAS FRONTEIRAS DA LOUCURA ? CARNAVAL
   
ATRÁS DE UM TRIO ELÉTRICO, TAMBÉM VAI QUEM JÁ MORREU !
 
Nas explicações de Emmanuel, o Espiritismo nos esclarece que estamos o tempo todo em companhia de uma inumerável legião de seres invisíveis, recebendo deles boas e más influências a depender da faixa de sintonia em que nos encontremos.
  
Essa massa de espíritos cresce sobremaneira nos dias de realização de festas pagãs, como é o Carnaval.
Nessas ocasiões, como grande parte das pessoas se dá aos exageros de toda sorte, as influências nefastas se intensificam e muitos dos encarnados se deixam dominar por espíritos maléficos, ocasionando os tristes casos de violência criminosa, como os homicídios e suicídios.
  
Além dos desvarios sexuais que levam à paternidade e maternidade irresponsáveis.
Atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu... não quero saber se o diabo nasceu foi na bai, foi na Bahia...
Se antes de compor sua famosa canção o filho de Dona Canô tivesse conhecido o livro “Nas Fronteiras da Loucura”, ditado ao médium Divaldo Pereira Franco pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda, talvez fizesse uma letra diferente e, sensível como o poeta que é,
  
Cuidaria de exortar os foliões “pipoca” e aqueles que engrossam os blocos a cada ano contra os excessos de toda ordem.
  
Mas como o tempo é o senhor de todo entendimento, hoje Caetano é um dos muitos artistas que pregam a paz no Carnaval, denunciando, do alto do trio elétrico, as manifestações de violência que consegue flagrar na multidão.
  
No livro citado, Manoel Philomeno, que quando encarnado desempenhou atividades médicas e espiritistas em Salvador, relata episódios protagonizados pelo venerando Espírito Bezerra de Menezes, na condução de equipes socorristas junto a encarnados em desequilíbrios.
  
Philomeno registra, dentre outros pontos de relevante interesse, o encontro com um certo sambista desencarnado, o qual não é difícil identificar como Noel Rosa, o poeta do bairro boêmio de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, muito a propósito, integrava uma dessas equipes socorristas encarregadas de prestar atendimento espiritual durante os dias de Carnaval.
   
Interessado em colher informações para a aprendizagem própria (e nossa também!), Philomeno inquiriu Noel sobre como este conciliava sua anterior condição de “sambista vinculado às ações do Carnaval com a atual, longe do bulício festivo, em trabalhos de socorro ao próximo”.
  
Com tranquilidade, o autor de “Camisa listrada” respondeu que em suas canções traduzia as dores e aspirações do povo, relatando os dramas, angústias e tragédias amorosas do submundo carioca, mas compreendeu seu fracasso ao desencarnar, despertando “sob maior soma de amarguras, com fortes vinculações aos ambientes sórdidos, pelos quais transitara em largas aflições”.
  
No entanto, a obra musical de Noel Rosa cativara tantos corações que os bons sentimentos despertados nas pessoas atuaram em seu favor no plano espiritual:
  
“Embora eu não fosse um herói, nem mesmo um homem que se desincumbira corretamente do dever, minha memória gerou simpatias e a mensagem das músicas provocou amizades, graças a cujo recurso fui alcançado pela Misericórdia Divina, que me recambiou para outros sítios de tratamento e renovação, onde despertei para realidades novas”.
  
Como acontece com todo espírito calceta que por fim se rende aos imperativos das sábias leis, Noel conseguiu, pois, descobrir:
   
“Que é sempre tempo de recomeçar e de agir”...
  
E assim ele iniciou a composição de novos sambas:
  
“Ao compasso do bem, com as melodias da esperança e os ritmos da paz, numa Vila de amor infinito...”.
Entre os anos 60 e 70, Noel Rosa integrava a plêiade de espíritos que ditaram ao médium, jornalista e escritor espírita Jorge Rizzini a série de composições que resultou em dois discos e apresentações em festivais de músicas mediúnicas em São Paulo.
  
O entendimento do Poeta da Vila quanto às ebulições momescas, é claro, também mudou:
“O Carnaval para mim, é passado de dor e a caridade hoje, é-me festa de todo, dia, qual primavera que surge após inverno demorado, sombrio”.
 
A carne nada vale:
  
"O Carnaval, conforme os conceitos de Bezerra de Menezes, é festa que ainda guarda vestígios da barbárie e do primitivismo que ainda reina entre os encarnados, marcado pelas paixões do prazer violento".
Como nosso imperativo maior é a Lei de Evolução, um dia tudo isso, todas essas manifestações ruidosas que marcam nosso estágio de inferioridade desaparecerão da Terra.
  
Em seu lugar, então, predominarão:
A alegria pura...
A jovialidade,
A satisfação,
0 júbilo real.
   
... Com o homem despertando para a beleza e a arte, sem agressão nem promiscuidade.
  
A folia em que pontifica o Rei Momo já foi um dia a comemoração dos povos guerreiros, festejando vitórias; foi reverência coletiva ao deus Dionísio, na Grécia clássica, quando a festa se chamava bacanalia:
"Na velha Roma dos césares, fortemente marcada pelo aspecto pagão, chamou-se saturnalia e nessas ocasiões se imolava uma vítima humana".
  
Na Idade Média, entretanto, é que a festividade adquiriu o conceito que hoje apresenta:
  
▬ O de uma vez por ano é lícito enlouquecer, em homenagem:
Das orgias,
Dos desvarios,
Dos excessos, em suma,
Aos falsos deuses do vinho.
   
Bezerra cita os estudiosos do comportamento e da psique da atualidade:
  
“Sinceramente convencidos da necessidade de descarregarem-se as tensões e recalques nesses dias em que a carne nada vale, cuja primeira silaba de cada palavra compõe o verbete carnaval”.
  
Assim, em cinco ou mais dias de verdadeira loucura, as pessoas desavisadas, se entregam ao descompromisso, exagerando nas atitudes, ao compasso de sons febris e vapores alucinantes.
Está no materialismo, que vê o corpo, a matéria, como inicio e fim em si mesmo, a causa de tal desregramento.
Esse comportamento afeta inclusive aqueles que se dizem religiosos, mas não têm, em verdade, a necessária compreensão da vida espiritual, deixando-se também enlouquecer uma vez por ano.
  
Processo de loucura e obsessão:
"As pessoas que se animam para a festa carnavalesca e fazem preparativos organizando fantasias e demais apetrechos para o que consideram um simples e sadio aproveitamento das alegrias e dos prazeres da vida, não imaginam que, muitas vezes, estão sendo inspiradas por entidades vinculadas às sombras".
  
Tais espíritos, como informa Manoel Philomeno, buscam vitimas em potencial:
“Para alijá-las do equilíbrio, dando inicio a processos nefandos de obsessões demoradas”.
   
Isso acontece tanto com aqueles que se afinizam com os seres perturbadores, adotando comportamento vicioso, quanto com criaturas cujas atitudes as identificam como pessoas respeitáveis, embora sujeitas às tentações que os prazeres mundanos representam, por também acreditarem que seja lícito enlouquecer uma vez por ano.
Esse processo sutil de aliciamento esclarece o autor espiritual, dá-se durante o sono, quando os encarnados, desprendidos parcialmente do corpo físico, fazem incursões às regiões de baixo teor vibratório, próprias das entidades vinculadas às tramas de desespero e loucura.
  
Os homens que assim procedem não o fazem simplesmente atendendo aos apelos magnéticos que atrai os espíritos desequilibrados e desses seres...
   
Mas porque a eles se ligam pelo pensamento:
“Em razão das preferências que acolhem e dos prazeres que se facultam no mundo íntimo”.
   
Ou seja, as tendências de cada um, e a correspondente impotência ou apatia em vencê-las, são o imã que atrai os espíritos desequilibrados e fomentadores do desequilíbrio, o qual, em suma, não existiria se os homens se mantivessem no firme propósito de educar as paixões instintivas que os animalizam.
  
Há dois mil anos. Tal situação não difere muito dos episódios de possessão demoníaca aos quais o Mestre Jesus era chamado a atender, promovendo as curas “milagrosas” de que se ocupam os evangelhos.
  
Atualmente, temos, graças ao Espiritismo, a explicação das causas e consequências desses fatos, desde que Allan Kardec fora convocado à tarefa de codificar a Doutrina dos Espíritos.
  
Conforme configurado na primeira obra da Codificação – O Livro dos Espíritos, estamos, na Terra, quase que sob a direção das entidades invisíveis.
   
Pergunta o Codificador
“Os espíritos influem sobre nossos pensamentos e ações?”.
a influência é maior do que credes porque, frequentemente, são eles que vos dirigem”.
  
Pode parecer assustador, ainda mais que se se tem os espíritos ainda inferiorizados à conta de demônios.
  
Mas, do mesmo modo como somos facilmente dominados pelos maus espíritos, quando, como já dito, sintonizamos na mesma frequência de pensamento...
   
... Também obtemos, pelo mesmo processo, o concurso dos bons, aqueles que agem a nosso favor em nome de Jesus.
  
Basta, para tanto, estarmos predispostos a suas orientações, atentos ao aviso de “orar e vigiar” que o Cristo nos deu há dois mil anos, através do cultivo de atitudes salutares, como a prece e a praticada caridade desinteressada.
  
Esta última é a característica de espíritos como Bezerra de Menezes, que em sua última encarnação fora alcunhado de:
“O médico dos pobres”.
E hoje é reverenciado no meio espírita como:
“O apóstolo da caridade no Brasil”.