Feliz Ano Novo

Feliz Ano Novo

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Lembro-me que, quando pequeno, uma vez por mês ocorriam Giras de desenvolvimento na casa de minha mãe. Lembro também dos rostos dos médiuns na expectativa do “grande dia”; afinal, naquele dia tudo podia acontecer.
Uns saiam tristes, desanimados, outros um tanto quanto alegres, pois realmente foi o “grande dia” e assim era o desenvolvimento mediúnico, sem muitas explicações, mas sempre com a expectativa do “grande dia”.
Os tempos mudaram. Hoje, o desenvolvimento mediúnico vem ao encontro da grande proposta da Umbanda, ou seja, uma proposta de ensino e aprendizado onde o médium deixa de esperar o “grande dia” para fazer do desenvolvimento um aprendizado que há de perdurar por toda a sua existência.
Fico feliz em ver que a ideia de Umbanda Escola está funcionando muito bem, e digo isto por experiência própria ao verificar que ao término de um ano e meio de aprendizado, uma turma de desenvolvimento deu origem a uma Casa, não uma Casa aberta apenas por euforia, mas uma casa aberta com doutrina, respeito e disciplina, e o melhor de tudo, com a outorga dos Mentores Espirituais.
Assim cresceram os nossos irmãos Kardecistas, com verdadeiras escolas e muita doutrina e assim vai crescendo a nossa amada Umbanda, se esforçando para fazer um trabalho sem barreiras, sem fronteiras.  Fronteiras que foram ultrapassadas e barreiras que foram superadas com o conceito de irmandade e objetivo comum, dentro de uma consciência religiosa e uma consciência teológica.
A proposta hoje de desenvolvimento mediúnico é também uma proposta de desenvolvimento pessoal, onde o médium começa a entender que para ajudar alguém ele tem que estar bem, conhecer a si mesmo, ter consciência de seus limites e de suas capacidades e exercer dia a dia sua mediunidade praticando a tão difícil “reforma íntima”; afinal de contas, um torto não consegue ajudar o outro a atravessar a rua (morrem os dois atropelados!)
O desenvolvimento hoje praticado como aula consegue tirar o médium da rotina de trabalho espiritual e afastá-lo dos choques que ocorrem nos dias de trabalho espiritual, lembrando também que muitas vezes a ideia de criar vínculo com a Casa para se desenvolver pode gerar alguns problemas, ora por imaturidade e pressa de quem está começando, ora pela cobrança de quem já está há muito tempo dentro do trabalho.
Muitos são os irmãos que hoje trabalham com o desenvolvimento como aula, e a eles os meus parabéns! Para estes irmãos, que tenho certeza que tem colhido muitas alegrias, assim como eu venho colhendo, e para os que ainda não o fizeram, tentem; é melhor a tentativa do que o vazio de não ter feito!

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